segunda-feira, 22 de junho de 2015

Caos repentino, caos honesto.



Eu estou um caos.
O caos me define.
Talvez pra que o medo não domine.
Talvez pra que com a dor, o amor não rime.
Talvez só pra esquecer.

Estou no caos e não consigo me mexer.

Talvez caótica, veja o mundo d'outra ótica
E consiga caos deixar de ser.

Vai entender!

(Mais um) Ensaio sobre a trovoada ou Canção da despedida



E trovoei, mais uma vez, destinando canções pros teus olhos. Batucando com as unhas por fazer na borda de um xícara de café. Fora de órbita, descabelada, súbita. Diva? Mal sorrio... Tentando ser meiga, objetiva, faca na manteiga. Minha cabeça bagunçada tentando metralhar a dureza incrível do seu coração, aqui na calmaria e no silêncio do portão. Eu acho que sei que sozinha, no meio de uma tarde ainda vou muito soluçar. Quer dizer, relembrar. Que um dia você falou que eu tava tão chique. Ou quando você me disse 'fique'. Acho que não quero (mais) ficar. Com você. Nem você. E nem vou virar mendigo implorando um abrigo. E vou ser sua amiga. Fica. Do jeito que teu desejo mandar. O ato de cheirar-te não mais me cheira a arte. Ignoro a mímica e me abasteço de mágica onde soam os cânticos. Convicção monogâmica? Não mais. Ainda mais. Apenas meu poema mais lírico virando uma coisa bem lógica. Instante único? Te abraçar com força pra arrebentar toda defesa que existe em mim e vai, fatalmente, nos afastar. Esses momentos pequenos, gentis. E a beleza que abrigaram. Sem brigar. Não vou me deixar esquecer onde nasceu e morou o dia. E o amor. E, agora, também a dor. Vou sossegada assobiando, porque confio no carinho da vida, mesmo ele vindo num tapa. Acredita?