segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Bonita

Você deve me amar
E fazer cafuné
Me dar beijo e café
Me botar de pé
Me levar até
Além mar
Preciso
Que você precise me procurar
E que possa
Sempre
Me achar
Bonita
Mesmo se feia
Eu me mostrar
Bendita
Até quando aflita
Eu aportar
Na órbita
Da sua vida
Pra ficar

;)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A meNINA do Solar
























Se olhava no espelho
Do décimo andar
Passava batom vermelho
Descia do Solar
Quase sem dinheiro
Subia João Pinheiro
Ia Savassear
Quantas vezes, no amanhecer, pensou em se jogar
Outras tantas, no entardecer, quis voar
Naquela janela, ampla, chegou a se pendurar
Mas uma estrela brilhou a tempo
A foi resgatar
A impediu de pular
De pés no chão, ensinou a sonhar
A meNINA, então, aprendeu a amar

Sinestesia (ou paixão)
























É passar a noite em claro
Pra provar o instante raro
De ver você sonhar
Perder horas de sono
Pra, com os olhos, te amar
Gastar do meu carinho
E beijar o seu cheirinho
Ouvir você baixinho
Cheirar seu barulhinho
Por fim, no ninho, descansar
No seu balanço
Me enxergar
E me ninar

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ciranda dos seis

Nunca estive
Mais feliz
Sempre amei
Só por um triz
Mas agora
É diferente
Tem uma coisa
Que me diz
É você
Qu'eu sempre quis
Pra viver
Pra sonhar
Pra curtir
Pra cuidar
Pra sorrir
Pra cheirar
Pra sentir
Pra coçar
Pra dormir
Pra beijar
Pra seguir
Pra ficar
Para ser
Para amar
Você
E ver junto
Todo entardecer
Respirar fundo
Seu cheiro
No amanhecer
Te mostrar
Meu mundo
Te re-conhecer
Brindar
À nós
Tudo que a gente
Beber
Comemorar
A sós
Tudo que a gente
Viver
Uma
E outra vez
Quatro
Cinco
Seis
E outro e outro mês

Pro Zé 

domingo, 24 de junho de 2012

No meio do caminho

Um dia
Eu vou olhar pra trás e poderei pensar tranquilamente
Eu vivi!
Somente.
E foi no centro da cidade

Sei de cor a cor daquelas pedras
De cada esquina eu guardo todas as setas
Entre os carros e as pessoas permanecem os sorrisos
Raros
E cada uma das vezes que quase fui atropelada

Hoje apenas sou lembrada
Pelo nome rabiscado
No cimento fresco da calçada

Sou o momento de atenção no cruzamento
Quero a ação
E no coração nenhum tormento

Continuo atrasada
Qualquer canto é minha morada
E eu não lamento
O sentimento
Que hoje é nossa caminhada

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Paz: ciência

Um mar de possibilidades se abre à minha frente todos os dias. Um porto (sei lá se seguro) me acena, distante e eu sigo adiante. Muitas ondas tentam me afogar, há muito ainda o que navegar e tempestades me assolam constantemente. Vez ou outra encontro ilhas paradisíacas que me permitem descansar. Um encontro de amigos, uma cerveja geladinha, uma noite de sono e amor com meu namorado, risadas domingo de manhã, fofocas no telefone com a minha mãe, meu irmão de bom humor, chocolate no estoque, mutirão e cobertor. Creio que são essas coisas as de Deus, a força que ele me manda, o que me faz suportar e continuar a nadar. Um dia, vou aportar e gargalhar. Até lá, todo dia uma onda ou mais eu vou pular, sem desanimar. Paciência, ter paz deve ser uma ciência.

(In)sensibilidade

Quatro meses atrás eu hipnotizei um cara que, dias depois, eu beijei, numa situação inédita. Naquele tempo eu não trabalhava e bebia e falava demais. Saía demais. Dava liberdades demais pra amigos demais que eram, na verdade, amigos de menos. Eu dividia o apartamento. Eu vivia um tormento. Eu era feliz mesmo assim. Eu me envolvi com o tal carinha. E passei o carnaval pensando nas besteiras bonitinhas que ele me dizia. Me deixei, por ele levar e comecei a me apaixonar. Me permiti, novamente, amar. Hoje ele é um tosco, insensível que me mata de rir toda manhã de domingo. É um dos meus melhores amigos e me faz feliz mesmo quando beija meu umbigo, só pra rimar. Ele tem o dom de me encantar e irritar e, com ele, adoro me embriagar. É dele o cheiro que eu mais gosto, o ombro onde me encosto, a mensagem que espero chegar. É com ele que eu quero todo dia estar, dormir, acordar e sonhar.

domingo, 27 de maio de 2012

Sobre o meu amor, a alegria, a tranquilidade e a cidade.

Não encontro as palavras. Não tem como explicar. Penso só em te amar. Quero mais e sem cansar. Dormir com você e brincar, ao acordar. Ter crises de riso. Escrever nossos nomes pelos carros da cidade. Escancarar o sentimento que me invade. Refinar nossa amizade e aprender a lidar com o ciúme e a saudade. Saciar minha vontade. Beber, comer coisas estranhas, discutir bobagens, apagar e não se lembrar. Me divertir com você e poder te entender. Sorrir com seu bom dia. Desfrutar de toda pequena alegria no nosso dia a dia. Conhecer sua gente. Seguir sempre em frente. Torcer pra que dure e seja sempre contente o amor da gente.

=)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Eu (ainda) não me acostumo

Não. Eu não poupo a vida. Eu não me acostumo. Não acordo sobressaltada, vou de mansinho, ouvindo música. Não tomo café correndo, nem leio jornal no ônibus. Continuo andando a pé, interagindo com a paisagem de concreto do meu Belo Horizonte. Meu café? É demorado, enquanto passeio pelos blogs que me divertem e vejo as notícias do facebook, em tempo real. Tenho olhado muito para dentro de mim, agora que não tenho mais o céu da janela da Curitiba, mas abro mão, todo dia, de um pouco do meu egoísmo. O sanduíche no almoço agora é pressa pra retornar ao trabalho, de onde não saio, que continua indo comigo onde vou e nunca, nunca acaba e do qual eu gosto, cada vez mais. O ônibus que eu pego todos os dias é meu momento de viajar, de ouvir música e observar as pessoas, lá fora. Nada de cochilar. Não durmo sem ter vivido o dia, que de tanta vida me confunde no calendário. Meus sorrisos continuam, quase sempre, retribuídos. E as grosserias, agora, eu ignoro. Por saber que você vem, preparo a casa, perfumo o quarto, abro as cortinas pra nós, não me escondo de você. Continua sendo difícil me ignorar, e tenho até lutado contra o espalhafato que sempre faço. Não me acostumei a pagar por tudo e ainda faço, eu mesma, boa parte do que preciso. Não me acostumo à poeira cinza da poluição e sofro com o ar condicionado do shopping onde trabalho. Cheiro de cigarro continua me trazendo boas lembranças, de alguém que, a partir de amanhã, estará fisicamente mais distante. Prefiro sofrer a me acostumar. Deixo minhas dores sangrando e continuo prestes a me rebelar. Luto, brigo. Se eu chegar até a areia, vou mergulhar apesar de qualquer medo que possa me afogar. Cinema em casa é mais gostoso que o lotado, com edredom e namorado. Ainda gosto de ser pontual apesar de não saber da hora. Fins de semana não me consolam. Todo dia é dia de viver, de trabalhar, de dormir, de namorar, de beber e de me divertir. Já disse, EU NÃO ME ACOSTUMO. Continuo aqui, vivendo, apenas.

Nova versão deste texto meu.

domingo, 20 de maio de 2012

Resumo

Medo. Insegurança. Saudade. Vontade. Conversa. Decisão. Felicidade. Trabalho. Equipe. Cansaço. Amizade. Correria. Sono. Preguiça. Vontade. Café. Atraso. Música. Escada. Roupa. Bola. Luva. Sacada. Obra. Maneco. Dor. Risada. Graça. Festa. Dança. Morada. Amor. Carinho. Implicância. Abraço. Sexo. Vertigem. Bilhetinho. Importância. Correria. Canções. Ônibus. Irritações. Choro. Raiva. Briga. Rei na barriga. Arrume seu cabelinho. Fique calmo e volte pro ninho. Presente. Contente. Escovar os dentes. Banho. Perfume. Salto alto. Maquiagem. Atraso. Vergonha. Auxílio. Passagem. Desenho. Ajuda. Cerimônia. Reza. Perguntas. Arruda. Buquê. Criança. Docinho. Dancinha. Você. Flores. Parentes. Amores. Sabores. Cerveja. Conversa. Vacilos. Peleja. Sono. Abraço. Cansaço. Beleza. Bom dia. Delicadeza. Mais amor. Muito amor. Com certeza.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Arriscamila!



















E ela ficou em silêncio.
Matraca, não teve o que falar.
Não soube explicar esse repentino silenciar.
Algo estava prestes a mudar e nem ela sabia.
Raiou, então, novo dia.
Com ele, outra vez, a alegria.
O cheiro dele na cama sorria.
Muito trabalho surgia.
Ela se reerguia e seguia.
A cada dia um novo desafio e desconfio que ela esteja feliz.
Trabalho prazeroso e o amor criando raiz.
Não há cansaço ou saudade que a faça infeliz.
Arrisca!- a vida diz.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Construção

Um dia e depois outro. Mais outro e outro. Uma dificuldade vencida após a outra. Um problema resolvido após o outro. A cada manhã um novo aprendizado. É devagar que se constrói este sobrado. Amizade, sinceridade, transparência, clareza, amor, amado... namoro, namorado. Um turbilhão de sentimentos. Não há receita e não se compra pronto, é diariamente que se fazem relacionamentos.

domingo, 6 de maio de 2012

Fracassos

É sempre um incômodo. Meu muito falar, meu nada calar. Meu jeito popular, meu ressoante gargalhar. Minhas brincadeiras e modos de menino. Até mesmo meu feminino, frágil. Meus gestos. Meus restos. Nada que eu faça ou deixe de fazer vai mudar. Por mais que eu mude, ninguém ilude a si mesmo. E continuo indo só, a esmo. Sonho, um dia, encontrar alguém pra me suportar e acompanhar, um cais pra esse barco torto aportar. Os números certos pra apostar meu coração. Uma emoção que dure. Um homem que goste de mim pelo que sou, não só entre quatro paredes. Que reconheça o que eu tenho de bom e aceite o que eu tenho de ruim. Que me ame assim, que me queira assim em qualquer lugar, com qualquer companhia, para qualquer fim. Que assuma seus medos, que divida comigo seus brinquedos. Que além de forte, queira ser meu norte. Sigo sem rumo, com minha sorte. As coisas que quiserem ser, sempre serão. É o que consola meu coração.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sobre o três, o maio e o amor ♥

Começou com uma brincadeira descompromissada. Uma gracinha sua, eu fazia uma palhaçada. Com sua cara de bobo eu ficava assustada. Com seus olhinhos brilhando (tortos), encantada. De repente eu me vi apaixonada. Hoje ando com você de mãos dadas e tento acertar com o seu, o meu passo. Já não sei viver sem teu abraço. Quero sempre ser e, ainda, aliviar o seu cansaço. Eu quero amor, eu quero amar, pelo tempo que ainda virá. Quero te desejar e ser pra você toda alegria. Ver você feliz todo dia, nas pequenas coisas e não nas fáceis apenas. Presenciar suas vitórias e te consolar nas dificuldades (que sejam pequenas). Quero fortalecer dia após dia a nossa amizade, matar sua vontade... Quero mirar e ver contigo seus sonhos e objetivos. E me divertir no caminho, sendo sempre seu ninho. Ao seu lado sempre estar, meu amado, meu namorado.

Porque hoje é aniversário dele, a gente faz 3 meses e o dia vai ser cheio de surpresinhas 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Pra você, tudo o que eu quero ser.

Eu quero te fazer feliz. Feliz me sentir também. Mas, cada vez que tento, eu falho. Como ninguém. E todo mundo. Destruo tudo construído nesses meses, num único segundo. Às vezes, não sei o que fazer, o que falar. Eu nunca quis te humilhar ou magoar. Queria te acompanhar, podendo ser eu mesma e deixando você também ser quem melhor te parecer. Mais que companhia, verdadeiramente ser sua companheira. Te dar meu beijo, meu colo, meu sexo, minha mão... nos momentos de alegria e confusão. Ser sua paixão, seu amor. Poder aliviar a sua dor, acalmar seu coração. Te apoiar, te ajudar, ser sua fã e seu colchão. Viver em união, ter, antes de tudo, sua amizade. Te trazer felicidade e ter liberdade pra dizer e ouvir sim e não. Quero ser sua canção, seu perfume, sua comida, sua animação. Quero estar nos seus pensamentos e nos seus braços, noite e dia, em todos os amassos e cansaços. Quero curar seus traumas e complexos. Quero seguir com você mesmo que não haja nexo algum. Quero ser, com você, dois e um. Acontece que eu não sou, nem de longe, o que eu gostaria de ser. E assim, você eu não posso merecer. De qualquer forma, quando quiser, vem me ver!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sobre a felicidade

Felicidade é uma coisa engraçada. Não necessariamente porque te provoca risadas (hahahaha) mas porque surge de onde você menos imagina, quando você menos espera e faz associações inusitadas com suas lembranças e sentimentos. Pode ser um cheiro (suor, baunilha, pão quentinho no forno...), um som (uma música, barulho de chave, de carro...), uma imagem (fotos, vídeos, lugares...), um gosto (aquela comida deliciosa, um beijo, um sorvete...) ou mesmo uma textura (a roupa, os cabelos, a pele...). Felicidade pode acontecer numa simples mensagem em meio às turbulências de um dia difícil. Felicidade pode ser aquele encontro por acaso com o amigo que você não via há tempos. Pode vir vestida de homem, batendo na sua porta meio dia, te raptando pro almoço. Pode ser a tímida declaração de amor inclusa no bom dia. Pode ser o próprio dia, ensolarado ou chuvoso, te convidando pra sair ou dormir abraçado e gostoso. Felicidade é viver com gosto, não poupar os sentidos, enfrentar de peito aberto todas as circunstâncias e aproveitar cada instante. Felicidade é e-mail de parente distante, namorado cantante, livro novo na estante. Felicidade é chocolate, amizade verdadeira, empate entre seu time e o do seu pai, primo com quem você se identifica e sai. Felicidade é trocar roupas com sua mãe, ouvir canções antigas com sua avó, costurar com a vizinha da sua tia, ignorar a pia lotada e ficar de preguiça todo o domingo. Felicidade é ser sexta-feira e poder dormir com seu gatinho, ganhar carinho e beijinho. Tomar cerveja gelada com os amigos, jogar, brincar, correr perigos. É ver revelar-se no cotidiano, momentos delicados se misturando, pouco a pouco, aos hábitos. É aceitar defeitos e diferenças, tendo os seus também compreendidos. É ter companhia pra alegria e ver o amor crescer dia após dia. É encarar desaforos como música pra se dançar, sentir no cansaço convite pra se renovar e acreditar que tudo, sempre, vai melhorar.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás

Houve um tempo em que tudo era simples e meus maiores problemas eram as dores de amores e as briguinhas com as coleguinhas. Cresci, endureci e a vida se abriu, nua e crua, pra mim. Hoje luto pelo meu sustento e independência, valorizo mais companhia verdadeira que paixões derradeiras e tenho meia dúzia de amigos com quem posso contar. O resto é só pra farrear, rir, brincar... quando sobra tempo e dinheiro pra gastar. Tive que fazer escolhas e tomar difíceis decisões. Preferi me livrar das confusões, o silêncio é um alívio. Precisei enfrentar o medo e abrir mão de alguns sonhos, por hora. Minha vida é agora! E agora eu não sou mais a irmã mais velha que assume o papel da mãe, nem a filha que conta com a mãe e se preocupa em orgulhá-la. Não sou a amiga que cuida dos outros e abriga a todos. Não me arrependo de, um dia, ter sido essa guria. Só que ela se foi quando algo, em mim, morreu. Renovação começa onde o velho acaba e eu acabo de endurecer. Sem, claro, a ternura perder.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Pra te tocar

Enquanto sua alegria puder me alegrar
Vou te amar
Cada vez que um sorriso seu me fizer rir
Vou voltar
Toda vez que um bom dia seu me acordar
Feliz, o dia vou encarar
A cada vez que sua guitarra, pra mim, soar
Vou, novamente, me apaixonar
Se um cheiro seu continuar no ar
Com mais vontade vou ficar
Espero graça achar
De toda bobagem que você falar
Contigo me divertir
Em cada canto que a gente for
Fazer, realmente, existir
Não só pra mim o nosso amor

O que não deve ser dito mas não quer calar

Engraçado lembrar as vezes que a ouvi se queixar de você. Dos seus dramas e ciúme doentio, do seu problema que você não aceita tratar, da sua forma de querer tudo e todos controlar. Me lembro de ter sido - por ela - alertada de que você era difícil de lidar e que eu não iria, por muito tempo, suportar. Lembro das fugas e das histórias que inventamos pra você não nos alcançar, da preguiça que tínhamos do seu lamentar, da leveza dos encontros ao você se ausentar. Sempre soube que chegaria um dia em que eu teria que me afastar mas não pensei que, quando acontecesse, ela iria te acompanhar. Sinto falta dela e de todos os momentos que passamos juntas. Ao mesmo tempo, me pergunto se foi verdadeiro, se ela não foi, comigo também, hipócrita e mentirosa. De qualquer forma, a vida foi maravilhosa. Se não houvesse nosso encontro, a amizade de vocês estaria abalada da forma que estava quando eu te conheci e eu não teria conhecido amores e amigos que, por você, vieram a mim. Só posso te agradecer. Obrigada pelas pessoas que você colocou no meu caminho e que, hoje, não vivo sem. Obrigada por me mostrar a hipocrisia de pessoas que eu achava que conhecia e que, por um vacilo, passei a amar. Obrigada por tirar do meu caminho o que me impedia de desatar os nós e fazer novos laços. Passar bem, abraços.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O que me falta e o que preciso aprender

Me preocupar
Com você
Não faz você me amar

Declarar
Meu amor
Não faz você me olhar

Reclamar
Seu olhar
Só faz tudo piorar

Demonstrar
Minha insegurança
Não me traz mais confiança

Sem perder
A esperança
Me resta apenas aprender

Silenciar
Minha criança
Crescer
Nada mais esperar
Viver
Em segredo, te amar

domingo, 22 de abril de 2012

Bom é se entregar

E eu me vejo babando, olhando ele dormir. Me pego gritando pelo guitarrista ali. De repente, dou risada, sozinha, lembrando nossas gracinhas. A cerveja que eu tomo é a dele. O cheiro que eu quero sentir é da sua pele. O som que desejo ouvir é da sua voz. Não há nada como desatar os nós, se apaixonar e, tranquila, os olhos fechar pra com ele sonhar. Bom mesmo é, sem medo, se entregar e amar.

sábado, 21 de abril de 2012

Partir, voar...

E, de repente, eu me vejo rolando de rir. Curto a gente e resolvo que vou deixar, o que quiser, partir. Entendo que é natural e vejo a vida se encarregando de me afastar do que me atrasa. Me sinto, cada vez mais, em casa. Não cortaram minha asa junto com meu ser. Ainda posso voar enquanto são as coisas que quiserem ser.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Móbile



Normalmente não me emociono com casamentos. Acho chato, careta, tedioso. Mesmo quando são pessoas muito próximas e queridas, que estejam muito felizes com a união, comemorando com muito bom gosto, alguma coisa sempre me incomoda e eu fico desconfortável até o álcool me subir à cabeça e alguma música agitada começar a tocar. Nunca fui adepta a rituais e quanto mais tradicionais, menos interesse me despertam. Já quis me casar. Depois não quis mais. Hoje, penso apenas em me juntar a alguém pra ter um lar, uma família, um dia, quando eu for ter meus filhos. Talvez eu faça uma festa pra comemorar. Por enquanto, mantenho-me à distância para - apenas - opinar sobre as vestimentas e a decoração. E devo dizer, de coração, que é a primeira vez que me derreto completamente com os preparativos de um casamento. Eu mal conheço a Cris. Troquei umas poucas palavras e e-mails com ela, por motivos sempre profissionais e guardo, com carinho, uma sandália que comprei em seu bazar. Mesmo que eu não a conhecesse além da tela do computador, sua história sempre me comoveu e moveu. Sempre pensei comigo que se aquela mulher linda passou por tanta barra pesada e foi tão forte transformando tudo o que podia ser um desastre numa linda história, eu poderia enfrentar, também, qualquer adversidade. Cris é pra mim exemplo de beleza, bom gosto e simplicidade mas, principalmente, de força e sensibilidade. Talvez por isso eu esteja aqui, babando com o amor, a inspiração, os preparativos, a festa e o convite dela e, torcendo pra que ela seja muito, mas muito feliz mesmo, todos os dias, nos permitindo sempre acompanhar a alegria estampada em seu visual. Tudo de bom ao casal.



A foto é do casamento dos meus pais *-*

Ver com olhos livres (e bem abertos)


Quis ver o mundo com olhos livres, principalmente de pré-conceitos, e parece que meu pedido foi atendido. Tenho visto um mundo atrevido a me surpreender minuto após minuto e deixado ser as coisas que andam querendo ser. Umas, muito boas, fazem a alegria em mim viver. Outras me machucam, decepcionam, magoam, fazem-me perder... Me perder. E me encontrar. Acho que só quem se perde se encontra porque perder-se também é caminho. As coisas simplesmente se vão, quando são em vão. Deixo tudo ir. Esvazio-me de mim. Coisas novas quero ver. Comigo só o que valer. Pra renovar meu ser, não apenas com olhos livres, mas também muito bem abertos, quero ver.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Vem comigo!


Come on, baby!
Transformar esse limão em limonada
Passar da solidão pra doce amada
Pegar um trem pra próxima ilusão
Segurar esse rojão, metade cada
Seguir o coração em disparada
Numa estrada que só tem a contramão
Arriscar num passe, só de palhaçada
Faz de conta que o que conta, conta nada
Apostar na falta de exatidão
Repartir toda noite em vários dias
Repetir tudo que seja alegria
E sonhar na corda bamba da emoção
Voar sem avião, sem ter parada
Inverso da razão ou tudo ou nada
Fazer durar a chuva de verão
Você e eu, luar, beijos, madrugada...
A vida não tá certa nem errada
Aguarda apenas nossa decisão

Tudo ou nada, do Itamar Assumpção e da Alice Ruiz na voz de Zélia Duncan.

terça-feira, 17 de abril de 2012

O bêbado e a equilibrista

Gostar
É complicado
Errar
Não é pecado
Tentar
Não custa nada
Desistir
Outra piada
Seguir
A longa estrada
Sozinha
Ou acompanhada
Não vou parar agora
Preciso ir embora
Seu egoísmo existe
Meu sentimento
Insiste
Esse momento
É seu
Já passei pelo meu
Difícil equilibrar
Mais fácil se alguém
Ajudar
Posso estar com você
E ir além
É só você querer
O que eu não posso é passar
Meus dias a me equilibrar
Enquanto você prefere
Apenas cambalear

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Caso sem solução


Ferida, a fera sofre a tentação de se vingar. Arisca, deseja nunca mais se entregar. Crescendo, almeja regredir e, egoísta, voltar a ficar. Magoada, pensa nunca mais confiar. Bonita, acredita poder, por outros campos, se aventurar. Aflita, imagina formas de se perder e se encontrar. Doída, não vê mais forma de confiar. Machucada, não sabe como o amanhã será e deseja mudar. Confusa, entende que não conseguirá. Intensa, fria não consegue se mostrar. Bethânia, sabe que, no fundo, continua e continuará a sangrar.

"Não vou mudar, esse caso não tem solução. Sou fera ferida, no corpo, na alma e no coração."

B


Terça, 11 de janeiro de 2011.


De bem que veio fazer parte do bê-a-bá no meu belveder berrante.
Fez mais belo o meu Belo Horizonte.
Ele, bendito benjamim, bem-humorado beato, mais novo belo-horizontino com quem divido, agora, a beatitude desta bernarda que é minha morada.
Meu bebê, bêbado à beça que besunta tudo aqui com sua beleza e me mata de rir com suas surpresas.
Bem-aventurada a beira do meu bem-querer, bem-amado, o bê que me faz beata.
Berro: bem-bom viver!

domingo, 15 de abril de 2012

Acontecimentos


E, de repente, acontece. Aquele beijo, aquele encontro, aquele e-mail, aquele emprego, aquela mentira, aquela mudança. Acontece quando você menos espera, quando você acha que perdeu a esperança. Vem e espera que você aguente. De alegria, felicidade, empolgação, decepção. Vem com uma vontade de reagir, de agir diferente diante do que surgir. Vontade de seguir e sorrir. Vontade de se vingar, de desistir. De recomeçar, de resistir. Você precisa, ainda, resistir ao turbilhão de vontades se chocando em você. Você precisa crescer. Todos os dias, recomeçando. Sorrindo ou chorando, vou andando.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Achei!


Companhia pras farras da vida, que comigo, se diverte, sem frescura ou medo de se sujar. Não me pede pra parar de cantar, ainda que eu desafine ou erre a letra. Não se incomoda com minhas dancinhas bizarras e até ri delas. Ri de mim, e comigo. Não pode me ver chorar, meu amigo. Não tem medo de parecer ridículo. Faz declarações e surpresas, do jeito sem jeito dele, mas faz. Um tanto de calor pra minha cama traz. É inteligente. Não tem vergonha de mim e não se incomoda com minha insanidade. É gente. Curte e comenta algumas coisas que eu publico. Não me engana. Diz que não, mas já me ama.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Fome, sono e outras vontades


Quis tanto que fiz minha casa revirar. Fui ao São Gabriel por alguns. Engoli o pão (não o que o diabo amassou), pisei firme o chão, fugi da dor e alguma glória eu encontrei no nosso amor. Desabam complexos, desabam convicções. Estamos fazendo o que podemos para consertar os corações. As ondas se elevam e encharcam todo o lar, vou seguindo neste mar. Estou cansada e não posso -nem quero - parar. Daria tudo por um tempinho pra minha fome matar, meu sono afastar e acordada, no seu corpo, sonhar.

Sobre aprender a descansar


Bethânia, não sou uma boa equilibrista. Estou mais pra um bêbado artista. Caminho na corda bamba das minhas emoções. Sigo em todas as direções. É o vento me leva. A música me eleva. Seu amor me conserva. Não sei o que a vida me reserva. Muitas vezes fui feliz. Várias delas, por um triz. Aprendo, tarde, a encenação: sou uma péssima atriz. Vou onde aponta o meu nariz, sigo só o que o coração me diz. Preciso aprender a ser forte mesmo quando perder o norte. Devo confiar no futuro e em ti descansar, seguro. Vou aprender e me controlar, eu juro! Se você me notar até no escuro. Não quero mais nenhum apuro, só nosso amor. Priorize. Rabisque no muro. Amenize a dor usando toda e qualquer cor.

Inverno


Te ouvi dizer, num verão distante
Siga em frente, menina radiante
Segui e sofri
Me recuperei e cresci
E, hoje, a história parece se repetir
Não me tire do meu canto
Se não for dançar na chuva comigo
Lance seu encanto
Me dê seu ombro amigo
Meu coração quer abrigo
Tem um desenho seu
No meu umbigo
O sentimento é meu
E uma dor me mina
Eu não ligo
Com a saia bonina
Prossigo

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Aprendizado


Pois bem, estou com medo. E decepcionada. Pensei ser amada. Não quero ser abandonada. Frágil e dolorida, busco outros recursos para colorir a vida e enfrento a dor, como sempre fiz, apesar da vontade de fugir. Fugir não vai resolver, de frente com o espelho eu sempre vou bater. O problema sou eu, e também você. Eu preciso aprender a dominar a ansiedade, a pacificar, a deixar meu coração mudo. Manter minha angústia e insegurança enjauladas dentro, aqui. A você falta abrir o coração e se entregar, não ter medo de gostar. Falta você me amar. Falta-nos abdicar do escudo e aprender quase tudo.

Drão


Muito independente, sempre me virei sozinha e, posteriormente, descobri que até mesmo a solidão é mais gostosa a dois. Eu quis andar de mãos dadas com alguém trilhando, juntos, um caminho pra além. Não sei bem onde vai dar esse caminho e o que há no percurso, mas precisarei ter a certeza de que poderei sempre contar com a mão da qual não pretendo soltar. Quero ter a certeza de que ela estará lá, sempre que eu precisar, sejam coisas boas ou ruins a nos espreitar. Quis sentir que sou amada de verdade e, a segunda pessoa mais importante depois de ela mesma, na lista das prioridades. Preciso de alguém que queira fazer escolhas e abrir mão de coisas das quais gosta pelas que eu gosto e/ou são importantes pra mim, nos momentos em que essas concessões se fizerem necessárias, do mesmo modo que quero saber fazer, sempre, por ela. Quis alguém que me deixasse ir na janela, me amorenando no sol e que assistisse comigo o futebol. Que jogasse videogame e jogos de tabuleiro, sinuca e dardos. Que ficasse confortável com minha bagunça e extravagância, que não se incomodasse com minha agitação e euforia. Quis alguém que me sorrisse com os olhos toda manhã. Quis alguém que soubesse dormir comigo, se encaixar nas minhas manias, sem abandonar as suas, fazendo tudo conviver em harmonia. Quis companhia verdadeira e não apenas superficial. Não quero mais brincar de casal. Quero ser cúmplice, sócia, parceira de verdade. Quero quem suporte minha vaidade e até ria dela. Quero quem enxugue minhas lágrimas na lapela. Quem me ache bela com todos os defeitos. Quem me ajude a superar os medos, complexos, dificuldades, neuras e manias. Quem me faça melhor. Alguém disposto a crescer e amadurecer comigo, dia após dia, não importando o quão dolorosa seja cada alegria. Alguém que ria das nossas próprias desgraças, levando as lutas com bom humor, dando raça por este amor. Alguém que vá comigo e me leve aonde for. Quem não me queira mudar e que, eu também possa, exatamente do jeito que é, aceitar. Quem esteja disposto a fazer durar enquanto nos houver ar. E que saiba voar de pés no chão, deitado comigo no colchão numa tarde de domingo. E que, antes de tudo, seja meu amigo, verdadeiro e leal comigo. Sigo em busca desse amor, me divertindo no caminho, aproveitando cada flor e cada espinho. Vivo agora o que a vida me dá, sorrindo, cantando, chorando, amando, sentindo o que há pra se sentir. Sei que, não demora, o tal amor me vai surgir, disposto a, comigo, seguir. Se me der a mão, o levarei. Só não sei por quanto tempo esperarei. O amor de agora, para sempre guardarei, mas devo seguir por mim mesma. Trilhar meu caminho, buscar o meu sonho, seguir meu coração, escrever minha própria canção. Não devo mais modificar meus planos pra acompanhar alguém em vão. Tá na minha hora, preciso ir. Aguardo, tensa, você se decidir enquanto danço a minha música por aí.

P.S.: O título é por causa dessa música aqui.

domingo, 8 de abril de 2012

Jalouse


Acontece naquele momento que você sente no ar, no falar, no gestual, na fotografia, no ato de cumprimentar... uma tensão inexplicada ou uma intimidade demasiada. Passa pelas neuroses e complexos mais escusos e você se pega imaginando histórias sem nexo de modo confuso. Surge quando você percebe que tudo o que não te diz respeito te incomoda e que você queria sempre, desde sempre e para sempre ser parte da roda, se fazer presente. Você nota que não fica satisfeito só pelo fato de o outro estar contente e que precisa que esteja contente com você, ao seu lado, sempre. É onde você descobre o egoísmo e percebe sua crueldade. É quando passa a duvidar da lealdade e a cobrar fidelidade. É quando mais do que saudade, você tem necessidade de controlar o outro, de ficar na cola. É nessa hora que você, ciumento, deve ir embora.

O atraso


Não posso dormir quando quem espero não vem. Não devo esperar que esse atraso faça bem. Preciso entender que a angústia é temporária e que essa dor, mais tarde, me soará hilária. Começo onde a maioria desiste. Sei que, espaço para mim n'algum existe. Não dou ouvidos ao complexo que insiste em, neste período, incomodar. Apenas aguardo a chegada. Que medo algum faça morada. Que nada me impeça de sonhar. Ao acordar, espero encontrar e, aliviada, respirar.

sábado, 7 de abril de 2012

Del Rey

Rodopiei por aí
Cantei, sorri
Me diverti
Mas quando cheguei
Saudades senti
No vento mandei
Um beijo pra ti
Daqui esperei
E adormeci
Com guitarras acordei
E então eu ouvi
Bom dia, cheguei
E voltei a dormir
Levantei, me arrumei
Me enfeitei e saí
Divirta-se, então
Depois volte aqui

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Onde há passagem, há partida.


Faz algum tempo que perco as coisas, as pessoas e os lugares e, sossegada, deixo tudo ir. Não posso segurar o que não quer, não pode e/ou não deve ficar. É preciso desapegar, deixar que passem por mim, que partam, que façam o que quiserem. Sinto falta de várias delas e relembro, saudosista, coisas belas que vi e vivi nas janelas de um belo horizonte já um pouco distante. Aprendi que se eu não esperar, não haverá nada que me desaponte, que me entristeça. Descobri que é preciso que a gente cresça. Tento, no meu canto, ser melhor e aproveitar o que estiver, agora, ao meu redor. Não posso parar, não quero voltar, nem por tudo devo lutar. Há coisas, porém, que não posso deixar. Nem deixar que me deixem. A renovação já está feita, é assim que a vida me endireita. Sem o que não posso seguir, farei o possível para que fique aqui. O que é a minha cara, a minha tara, o meu cansar e descansar, pedirei, por favor, para ficar. Irei a guerra por alguém, mas só por quem (realmente) me quer bem. Tentarei não me desesperar, não me descontrolar e, ninguém, magoar. Mas o que por mim já passou, deixo na esquina de lá. Ainda há mar para navegar. Da sua mão não vou soltar. Todo o seu mal quero (prepotentemente) curar. Contente quero te deixar. Bem te fazer e contigo ficar. Você eu não quero (nem posso) perder.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sobre ser travesseiro

É pra te confortar
E ninar
Sentir teu cheiro
Ouvir seu ronronar
Te acarinhar
O meu pé, descansar do balançar
No seu ritmo sonhar
Ser seu travesseiro
E ter a noite inteira
Pro seu sonho habitar
Ao amanhecer, na hora primeira
Te acordar
E, de novo, amar

Sobre incertezas e oportunidades


Eu tive um sonho. Era ainda menina de pés descalços no chão empoeirado da terra prometida e já me via assim, intrometida. Sempre dei palpite onde não devia e, todavia, ainda não me endireitei. Vacilei. Tive medo e quase desisti, mas, chata, estou aqui. Não esqueço o que sonhei e, desde então, sempre busquei. Não foi fácil chegar onde cheguei e estou muito distante de onde quero ir. Sei que devo prosseguir. Não há certezas, apenas oportunidades e alguma diversão pela cidade. Um amor, na flor da idade. Amigos verdadeiros e muita falsidade. Ainda me engano ao tentar reconhecer a verdade. Prezo por clareza e lealdade. Sinto muita saudade. Tenho tudo pra dar certo, apesar de me sentir no deserto.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Uma manifestação engraçada


Foram-se dois meses desde a trovoada
E, agora, eu me vejo sendo a tal da namorada
O feitiço virou contra o feiticeiro
E, hoje, sou eu a hipnotizada
Tô perdida
Mente apaixonada

Três


É quarta e anseio a sexta, guardando em mim o gosto da terça. São oito e aguardo as vinte e duas relendo mensagens suas. É noite e não posso dormir relembrando você aqui. Já raiou novo dia, mas meu olho se fechou sonhando no cheiro que, em minha cama, você deixou. Ando triste mas ao seu lado a alegria insiste em me dominar. Sorrio tranquila, com os olhos, ainda que um pouco vesgo seja esse olhar. Conto os segundos pra cada vez que vou te encontrar. Vivo querendo te abraçar. Não vejo a hora de, outra vez, te amar.

O portão II

Eu voltei. Voltei pra internet, pras redes sociais, voltei a escrever aqui. Voltei a amar, voltei a querer. Joguei "água na cara do meu sonho adormecido" e retomei antigos projetos. Meus caminhos continuam incertos e meu ser anda meio deserto. Desapeguei. Desgrudei. E voltei. A bagunça do meu lar não vai mais ficar por estar. A gordura do meu corpo não vai se acumular na minha cintura. A "dura poesia concreta" das esquinas voltaram a me incomodar. Espaço para dramas e venenos não vai sobrar. Não deixo mais ninguém me usar. Do meu lado só o que for verdadeiro, o que me valer, o que prestar. Do resto não me importo, embora com certo desconforto, de me afastar. Vou ficar no conforto do meu novo lar, do abraço dele, do ar que nos rodeia. Não ligo mais pra quem me odeia. Notei estar no mundo feito areia. Desisti da prepotência de querer ser onipresente, algo que não me cabe, tenho consciência. Estou, ainda e sempre, aberta a novas experiências. Ainda espero provas de amor, mas não se afobe que eu finjo ter paciência, já que nada é pra já. Sigo em frente sem temer a dor que o amor pode causar ou qualquer ciúme que minha auto-estima possa afetar. Meu alvo está acima e bem vindo é tudo que me aprume. Seguro vou, até o cume.

sábado, 10 de março de 2012

Sobre sentir saudade e seguir igual para mudar, sem culpas nem dramas.

Morreu minha avó. Mãe do meu pai. Com quem, do mesmo modo que com o meu pai, eu nunca tive uma relação verdadeira. É triste que ela se vá sem que a gente tenha tido oportunidade de se conhecer e, de fato, reconhecer. Sem que a gente pudesse ter sido realmente neta e avó. Sem que a gente brincasse de qualquer coisa proibida pelos meus pais. Sem que o 'dorme com Deus, os anjinhos e amém' fosse verdadeiramente carinhoso. Sem que o doce de pingo fosse a lembrança mais doce que eu tenho dela. Gosto dela. É minha avó, é parte de mim. Mas uma parte que eu não sei direito como é e, portanto, não consigo entender o sentimento que me assola agora, na sua partida. Sou grata a ela, porque antes de tudo, foi ela que pôs meu pai no mundo e, portanto, permitiu minha existência, de certa forma. Sou grata porque ela criou meu pai, com certeza com alguma dificuldade no caminho. Sou grata porque ela pagou minha pensão cada vez que meu pai não o fez e, até hoje. Sou grata pelo bigode, porque com mulher de bigode, nem o capeta pode. Sou grata pelo sabão de côco, eterna lembrança da casa dela. Sou grata pela cachaça que meu sangue insiste em engolir. Sou grata porque, apesar de tudo, ela foi simpática comigo da última vez que nos vimos, e sorriu. É essa lembrança que vai ficar, a do sorriso da minha vó, já pequenininha, diminuindo, encolhendo, indo, mas andando comigo até a porta, falando bobagens no meu ouvido e rindo. Vá com Deus, vó. Fica agora a mim a difícil missão de reconstruir a relação com o meu pai. Ou melhor, construir, já que eu não lembro de ela ter existido, um dia. Espero ter coragem e humildade pra me aproximar dele, e muita, mas muita paciência pra aguentá-lo, sendo ele, mais chato do que eu que só. No seu aniversário, papai, uma cartinha vai começar essa jornada. Força.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Sobre uma menina tosca, grossa, avacalhada e apaixonada


Esta sou eu, de ressaca, com uma mudança pra agilizar e muito sono acumulado. Cansada, de tanta burocracia e correria. Sem espaço no meu próprio espaço. E a única coisa que eu consigo fazer? Pensar. A única coisa na qual eu penso? Ele. A única vontade que eu tenho? Ele. Como proceder? Meu carinho vai sempre em tapas e as luzes do meu copo agora têm um foco. Apesar da negação, amo a situação. Tenho sido só coração. Tenho sido tosca e grossa, ao invés de objetiva e meiga. Tenho sido acavalhada ao invés de faca na manteiga. Tenho sido a diva súbita e descabelada que está, cada dia mais, apaixonada.

Sobre sofrer por antecipação pelo braço que se vai


Estou indo embora
E não é de agora
Mas eu ainda não fui
Eu estou bem aqui
E já sofro pelo fim
Que ainda não chegou
Fico pensando no que vou pensar
Quando olhar o que restar
Ao contar o que sobrou
Tento imaginar
Os sentimentos do lugar
Pra onde vou
Faço planos e relembro
Esta casa é de mim um mebro

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sobre o lado selvagem


E olhar o céu me desespera. Receio a janela que me espera. É a última semana aqui, onde tudo vivi. Sofri. Sorri. Morri. Renasci. Cresci. Segui. Seguir é sempre perigoso, divino e maravilhoso. Choro como um menino e, ao mesmo tempo me revigoro. A mudança externa é reflexo da interna e, olhando pra trás posso ver como mudei, no que me tornei. Gosto do que vejo, embora longe do que almejo. Soltei no vento meu desejo e sigo, apenas, vivendo um dia de cada vez. Não tenho planos para o fim do mês. Não tenho grana. Me gusta qualquer programa. Estendo minha toalha sobre a grama concreta e sorrio, feliz e discreta. Tenho andado bem cansada, suada e até um pouco chateada. Não estou certa nem errada, sigo apenas minha jornada. A caminhada me trouxe muita beleza e a feiúra me serviu de escola, com certeza. Agora vejo com clareza cada medo do qual me libertei e as marcas que deixei por onde passei. Esperei. Encontrei. Neguei. Fugi. Agora estou aqui, a me consumir. Boba e brava, onde eu estava com a cabeça? Talvez eu não mereça. Mas, por incrível que pareça, gosto bem e assim mesmo. E continuo seguindo, apaixonada e perdida, a esmo. Com meus poemas de introdução e o amor na contramão. Difícil é conter meu coração que quer pular pela boca. É, devo estar louca, e velha. Venha, vamos jogar. Não há nada que possa nos parar. Nem de você, me afastar. Nenhuma força virá me fazer calar. Sou muito romântica. N'outras palavras, que eu não sei falar, amo mesmo e hei de amar. Sinto saudades e saudades vou deixar. Vou chorar a cada vez que relembrar, tristeza e alegria misturar. Mas não vou, aqui, estacionar. Há muito mar ainda a navegar e, no raso, também se afoga. No mar tudo se joga, tudo pode imergir. Não preciso, não devo e nem quero fugir. Vou apenas, renovada, seguir. Muito embora eu não saiba, ao certo, onde ir. Se você vier comigo eu vou sorrir a mais. Até logo mais, no apartamento da Goitacazes. Este eu deixo às aves que, apesar das grades, se arriscam a voar.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Caminhar


O vazio me incomoda
O eco me desespera
Cansei de estar na moda
Não suporto essa espera
Aporto cambaleando
Naquela minha janela
Quero guardar cada centímetro
De qualquer coisa estranha e bela
Choro e berro para o teto
Deixo a poluição me invadir
Um pedaço meu
Nela sempre há de existir
Não há como negar
Tudo o que vivi aqui
Sempre estará em mim
Mesmo que eu não me arrisque a voar
Sempre engolirei este ar
Adeus
Meus desejos fui desamarrar
Me encontre lá
N'outro lugar
No meu novo lar
Ainda há muito mar
Que eu quero e devo navegar
Por isso não posso parar
De amar
Fiz meu caminho no ar

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Feliz-cidade, Clara-idade ♥


Foi numa quarta-feira de chuva que tudo se encaixou como uma luva. Cabelo verde, não ainda cor de uva. Rolou carona pra Ramona que nunca mais me deixou. Agora ela está onde eu vou e onde ela vai é que estou. Sua família, minha família, nossos amigos, o cachorro-gente, companhia e amizade forte entre a gente foi o que me restou. Não há como negar a irmã gêmea de alma, chiquitita que sou. Meu coração ela balançou e esmalte astral ganhou. É, o aniversário da amora mor chegou. Que haja ainda muita claridade pela cidade, por toda a eternidade de cada instante que nos invade de felicidade. Feliz idade!

Pra renovar meu ser


Primeiro foi a bolsa, com todos os documentos e pertences. O celular. Os chaveiros. O relógio. Depois foi o namorado. E o irmão. Era preu perder a identidade, sair do ar, não ter pra onde ir nem hora pra chegar? Era preu não ter por quem chorar e nem com quem me preocupar? Era pra eu renovar meu ser. Deve ser. Só faltava uma coisa acontecer: o apartamento. Pro meu tormento, tive que partir. Andança. Esperança em um novo tempo que há de vir. Renovação. Acredito realmente, tanta perda e mudança, não ser em vão. Que amora nenhuma solte da minha mão. Que ele domine mais que meu coração. Que a claridade seja o sol roxo que invade minha janela, não mais daqui, mas ainda bela. Vida nova me espera.

A foto é de quando eu andava pelas ruas do Centro procurando este apartamento. Momento de tormento parecido com o hoje vivido.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Bom dia, acabou a folia.


Visita às seis
Seis dias intensos em um único e louco mês
Não vês?
Pra mim é pouco
Já estou rouco
Aconteceu tudo de uma só vez
Estou à mercê
De um carro naval
Que invadiu minhas ruas neste último carnaval
E rompeu minhas veias
Afinal
Não tendo seu aval
Mantenho suas meias no varal
Que arrebentou
Por cima da mesa que quebrou
E partiu
Ela sorriu
Não faz mal
Não há motivo pra sofrer
Tanto faz
É preciso saber também perder
E se encontrar
Não me leve a mal
Não vá chorar
Astral
Bom dia
Acabou a folia
Tchau

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Você não entende nada

Entendimento
Seu tormento
Lamento enquanto procuro apartamento
Não me envolvo
Nada seu louvo
Já tenho com o que me ocupar
Preciso achar novo lar
Enquanto você fica a reclamar do que não compreende
E diz não gostar só porque não entende
Quem você quer enganar?
Leia um livro
Veja um filme
Eu me livro do seu crime
Não me curvo
Não me mine
Meu caminho é turvo
Tenho que ir firme
Enquanto você dança, criança, em seu medíocre mundinho
Tchauzinho

Vou ali buscar uma cerveja!


Levantei e fui ali. Busquei uma cerveja e a abri. Bebi e te olhei. Da lerdeza e das caretas reclamei. Notei um certo brilho em seu olhar. Que passou a me interessar. Comecei a gostar e falta de ti senti. Te revi. Te quis, de novo, aqui. Não me reconheci. Amoleci. Veja o gozo em meu olhar. Vou ali buscar uma cerveja. Me acompanhe, por favor. Derrame no meu copo alucinante todo seu amor. Leia minha poesia hipnotizante a cada dor. Me beije a todo instante que surgir. Não se preocupe nem tente fugir. Eu não vou sumir. Do seu jeito tosco e fofo quero rir. Ao seu lado, cansada e satisfeita, dormir. Da minha cama quero cair e do sonho impossível acordar. A vida real tem muito ainda pra me dar. Não vou parar nem desistir. Vou viver e, feliz ou infeliz, seguir.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um bicho do além

Porque nem sempre eu consigo me manter de pé. Sei que é preciso não perder a fé. Em Deus, em mim, nos meus amigos e amores, nos sonhos e nos feijões, na vida escondida em cada instante. Almejo um sossego distante e sei que devo ir adiante. Mas, vez ou outra, me consome uma dor irritante. É quando me sinto diferente de todo mundo, indo, gauche, na contramão. É quando preciso de uma mão. É quando o remédio da alegria não é euforia suficiente. É quando pareço não estar contente. Acontece, às vezes, quando é época de tensão pré menstrual mas, dessa vez, é pré carnaval e envolve um vendaval de acontecimentos, problemas, sentimentos e pessoas. Tenho me visto distante das amoras. Talvez por elas não terem dormido aqui no último fim de semana e, por termos saído com desfalques importantes em alguns dias. Talvez pelo desencontro, correria e desentendimentos bobos. Talvez por ciúmes. Talvez por eu estar cansada e, pela primeira vez, desde então, muito ocupada para acompanhar todos os acontecimentos e notícias. Talvez seja só saudade delas mesmo. Que é o mesmo que sinto em relação à minha mãe. Pela primeira vez não consigo tempo pra fazê-la saber da minha vida, pra contar do meu dia, todos os dias. Pra dividir meus sufocos e alegrias. Isso tem me deixado angustiada e até um pouco perdida, apesar da nossa relação abalada. Também estou sentindo falta do meu irmão, e de suas piadas, apesar de ser bom ter, de novo, a casa só pra mim. Sinto o coração doído quando penso nos amores e paixões que tiveram, recentemente, fim. Fico pensando como está cada ser e o que poderia acontecer se fosse de outro modo. Me incomodo. Principalmente por estar novamente apaixonada e, interessada em não magoar mais nenhum coração, incluindo o meu. Passo perto da covardia que tanto me arrepia. Mas não vou ter medo de errar, de sofrer, de chorar. O que dói também é bom, porque nos ensina e fortalece. Esqueço de mim e lembro da canção: errar não faz de ninguém um bicho do além. Se machucar, é só tentar curar, bem devagar. Afinal o tempo é rei e faz toda ferida cicatrizar. Vou deixar a vida me levar e amar sem amarras. O que eu queria falar e que talvez tenha falhado em demonstrar, é que eu amo incondicionalmente cada uma das pessoas envolvidas nesse texto e sinto falta de cada uma a seu modo, apesar dos pesares e desenrolares da vida. Só não consigo abraçar, aproveitar e acompanhar o mundo como sempre quis. É o que me faz, raramente, infeliz.

Fofurices toscas


Abri os olhos e o coração
Para uma nova emoção
Pus minh'alma à prova
Por esta paixão que me renova
Não pensei que fosse acontecer
Não imaginei este brilho, no seu olho, ver
Acho que estou gostando de você
Sejam, então, as coisas que quiserem ser
Vamos viver tudo o que há pra viver
É só o que sei fazer

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sobre fazer do sonho o feijão

Sempre sonhei demais. E sempre corri atrás do que eu quis. Nunca fui alguém infeliz, apesar dos pesares. Há sempre outros mares para se navegar. E eu nunca me canso de procurar. Vivo em busca da concretização dos meus sonhos, o que não é uma tarefa muito simples. Tenho suor escorrendo na testa e bolhas nos pés. Mas ainda enxergo através do vidro das janelas e vejo paisagens muito belas. Meu belo horizonte não mais distante mas inconstante me traz alegria e paixão. Não tem espaço em minha estante para a solidão. Busco sustento neste instante. Uma certa segurança e estabilidade. Quero ser adulta sem deixar de ser criança. Não quero, nunca, perder a esperança na humanidade. De preferência sem descartar a possibilidade de fazer minha vontades e manter meus prazeres. Não quero abrir mão dos afazeres com que sempre sonhei. Quero ganhar dinheiro fazendo o que imaginei, fazer dos meus sonhos o feijão no prato de cada dia, hoje.

Paródia


Sossego sua saudade, se você deixar, apesar de não ser minha e, ainda assim, impróprio meu convite. Pode querer, não me evite. Não sou alegre nem triste horizonte. Apenas poético e distante amor. Sossegue, por favor.

Tecido

Porque tudo passa
Menos você
Porque toda vez que te ouço
Quero te ver
Quero te ter
Sem porque
Porque mesmo que tudo passe
Fica, de você, uma nota ou melodia
Esse brega ainda vai me matar
Será que um dia
Como diz minha mãe
Com você vou terminar?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Pra te acalmar

Tento por aqui te escrever outro poema
Que acalme e te faça mais feliz
Eu sei que às vezes é difícil viver com tanto problema
Mas a gente pode pintar o nariz

Eu te pergunto: vem comigo?
Correr, brincar no chafariz
E eu te digo, meu amigo
Viver é sempre por um triz

Eu penso tanto em te encontrar
E nunca sei o que falar
E ao seu lado quero estar
Pra num abraço te acalmar

Mas sei que não tenho o poder
Por isso volto a escrever
Pra te dizer o quanto quis
Te ver de perto e bem feliz

Perigo


Vermelho
Meu batom no espelho
O tom da sua voz
A distância entre nós

Bonina
Amor de menina
Na esquina uma dor
Do seu beijo o sabor
Seja logo o que for

Magenta me esquenta
Trombeta de um anjo
Revelando novo arranjo
E um urso irmão

Meu coração partido
Partido comunista
O vermelho do artista
Me conquista e acalma
Espelhado em minh'alma

Na palma carrego um corte
Abraço alegre e forte
A cor do laço do presente

Passo rente ao paraíso
Que só pode ser no seu sorriso sem fim
Pobre e feliz de mim

Me cobre com seu braço
Alivia meu cansaço
Assovia minha sorte
Emoção, sempre meu norte

Aporte vermelho
Na imagem que se reflete agora neste espelho
Me complete
Gruda em mim feito chiclete

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Futuros amantes


Queria ter o poder
De te fazer
Esquecer
E me ver
E voltar
A viver
Sem sofrer

Como não posso
Mais um poema
Vou fazer
É, pra você
Que ainda vou conhecer

Ainda

Ainda bem
Ainda não
Ainda sem
Mesmo que em vão

Ainda nem
Ainda vem
Ainda quero
Não mais espero

Ainda amo
Ainda dói
Já não me engano
O amor corrói

Sabe o que é?

Sei não
Deve ser ocupação
Tô rimando
E olha, nem sofre meu coração
Tô amando
Vou remando
Na contramão

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dos sonhos ao vento


E o que eu vou fazer com os sonhos pendurados na minha janela, agora que ela não será mais minha? Vou sonhar sozinha? Sem fita, sem vento, sem boa companhia pra assistir o sol, a cada tarde, se despedir? O que vou fazer com a angústia que me invade? Por onde vou seguir? Onde vou amarrar meus desejos, senão nos seus beijos? E se eles não vierem, sonharei com aqueles que os outros me derem? Ou vou deixá-los aqui, para que os que vierem depois de mim também possam sonhar? Onde os vou colocar? Em que vento soltar? Em que fita anotar sonho novo que surgir? Será que devo fugir? Vou apenas fingir que não te vi por aqui, que não sonhei contigo ali, e seguir ao relento com cada tormento. Deixo os sonhos e os cabelos com quem sempre os levou: o vento.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Um minuto


Silêncio. Por favor. Me dê um pouco de (tu) amor. Que eu te apresento toda cor que surge a cada novo sabor. Cansei de só sentir dor. Peço apenas um pouco de silêncio, por favor. Paz. Já não aguento mais. Quero correr atrás (de ti). Traz todo seu calor aqui, pra mim. A felicidade mora ali, onde nossos corpos se tocam e nossas mãos nos provocam enquanto os lábios se chocam em meio ao pavor de mais este seja o que for. Um minuto de silêncio, por favor.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Domingo


Vem
Comigo
Meu bem
Vem
Ser meu amigo
Brincar com meu umbigo
Que eu posso, então
Ser seu abrigo
Vem
Me dê a mão
Vamos correr
Perigo
Vem viver
Domingo
Vou praí
Te ver
Se tiver sol
A gente
Joga futebol
Se somente
Nuvem surgir
Podemos caçar
Bichos no ar
E morrer de rir