terça-feira, 29 de novembro de 2011

Leve, vai tranquila.


Vou-me embora pra Passárgada.
Lá sou amigo do rei.
Terei a cama da minha mãe,
E o filme que escolherei.
Vou-me embora pra Passárgada.
Lá eu sou mais feliz,
Ou, ao menos, posso pintar, tranquila, o nariz.

P.S.: Feliz da vida pelos meus amigos Thayna e Paulo. Parabéns, meus menini! ♥

O preço que se paga

Então eu, que sempre me achei egoísta, percebo que sou mesmo, só que ao contrário. Que estou o tempo todo pagando preços altos pelas coisas dos outros. Que estou sempre abrindo mão, me sacrificando, mediando, ajudando, conciliando, salvando. Mas e eu? O que eu recebo de volta? Nada. Talvez essa minha imagem egocêntrica, com o mundo em volta do umbigo, rainha do mundo, dona da banca, quem dá as cartas, a fodona, linda, narcisista que se ama antes de tudo e todos seja só uma defesa, uma fantasia que criei pra enfrentar com mais facilidade isso de não receber nada, nunca, de ninguém. Só de mim. Quando, hoje, me perguntaram o que eu ganho, eu só soube citar coisas que eu mesma me dei. Pelo menos eu me amo, né? ♥

domingo, 27 de novembro de 2011

Sobre a saudade (que tenho)

Eu que sempre quis mudar tudo, me calo.
Se você quiser, ainda falo.
Vou falar pra você!
Aceito cada vício e mania.
Aceito até a boemia.
Se você voltar, enxergo só alegria.
Verdade!
Traz de volta minha feli(z)cidade!

Tô com sa-udade.

Do veículo da embriaguez e do sonho

E assim não durmo...
Uma música atrás da outra
E meu texto inacabado.
Sorrio meia boca.
Pressinto coisas boas.
Desejo coisas bobas.
Fico, então, mais leve.
Vem, me leve.
Mesmo que seja breve,
Apenas me leve com você.
Sou seu (escor)piano.
Não se assuste com minha intensa-idade.
Sou sempre inteira.
Na real-idade, inteira-mente sua.
Somente as emoções.
Pra você, corações.
E canções.


sábado, 26 de novembro de 2011

Sobre as coisas que quiserem ser


É engraçado pensar que eu estava interessada em outra pessoa, homônima, quando encontrei você. Que já te conhecia e que encanto algum havia. Engraçado, estranho. Estranhos, nós dois, cada um a seu modo. Distraídos, desprevenidos cambaleando nos astros e na poeira, deixando ser as coisas que quiseram. As pessoas ao nosso redor perceberam antes de nós que estávamos diante de nós, só que ao contrário, que poderia rolar. Aquele lance de opostos, aquilo sobre se completar. Disseram ser a combinação perfeita. Não no sentido de concordar, de ser igual, de andar junto e no mesmo ritmo. No sentido de encaixar. Nunca antes houve tal encaixe. Nem aqui e, acredito eu, nem por aí. Foi paixão sem defesa, sonho real, surpresa pra mim. Acho que pra você também. Alguém do lado, realmente afim. Tudo muito novo e eu, cambaleei desequilibrada. Acho que é amor mesmo, meu amor. Não sei como será por onde eu for, agora que fugi da sua modinha. Ainda quero ser sua senhorinha, princesinha, a moça dos contos de amor. Sua musa, trovador. Mas parece que perdi. Me precipitei, te feri com a ponta dos meus dedos, como previ. Sinto falta do seu tênis e jeans, de te encontrar demais, aqui. Daqui. Foi felicidade, achar alguém assim na cidade e caminhar tranquila, apesar das tempestades. Pois, quando você me abraçava, tudo passava. Tudo que vc escrevia eu amava. Do seu lado eu sempre ficava. Onde é que você estava que demorou tanto a chegar e se foi tão rapidamente? De repente. Maçã e serpente? Bem brega. Como nunca fui. E olha que eu sempre fui. Traída pela própria grandeza, tragada pela boca leviana da cidade. Se foi, assim, nossa felicidade. Não houve facilidade e não tivemos o que tínhamos de ter pra esse amor sobreviver. Faltou deixar doer, saber conviver. Eu não soube o que fazer. Nem você. Ainda quero tanto, quero tanto você. Você que queria essa mulher assim mesmo, não é mais o mesmo. Fico aqui, sem ti, a esmo.

Sobre a chuva e outras coisinhas mais

25, 26. Turbulência. Será que é inferno astral? A noite de ontem marcou o fim de uma coisa que vinha me fazendo sorrir e chorar ao mesmo tempo. Todo o tempo. E, por isso, ainda não sei se o fim é bom ou ruim. Sei que sinto falta, e até choro, às vezes. Estou frágil. E gripada. Não dormi bem. Acordei triste e o dia lá fora, cinza, em nada ajudou. Segurei firme e levantei. Enfrentei o mundo. Quando já estava pra sair, um telefonema. E o peso do mundo em minhas costas, novamente. Já enfraquecida, desabei. Chorei. Quis morrer, sumir. Desisti. Mas acabei seguindo, não tenho competência nem pra ser irresponsável. Caminho relativamente tranquilo, fora alguns outros telefonemas que derramaram algumas poucas lágrimas, e meus dedos compulsivos mandando mensagens tolas e inúteis. Fiz a prova, acabei logo. Português quis me matar com textos sobre relacionamentos e amor. Matemática me fez chutar. Não sei contar nem as horas. Horas, muitas horas de espera. E a bateria da câmera acaba. Nada pra fazer. Tentando evitar o bloquinho... A chuva aperta e foi o motivo que me faltava pra desistir da segunda prova. Rumo de casa. Chuva. Músicas me lembrando o que eu quero esquecer. Choro. Bom de chorar na chuva é que ninguém sabe se são lágrimas ou gotas escorrendo no seu rosto. Cantoria e dança, mesmo assim. Não sei andar triste em BH. Casa. Banho quente. Cobertor. Aspirinas e a dor.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Do amor (que tive) ♥

Você, se pede pra esquecer, já tem no coração um nó amarrado.
Por que brincar de esconder, soltar da minha mão assim, tão sem cuidado?

O amor é desumano, duvidando sem saber,
Crescendo na ausência, na urgência de querer.
A voz, o tom de última vez,
Me trai, me divide, duvidez,
Duvidez, 10 vezes nunca mais.

Você, se pede pra me ver, parece compaixão.
Parece pena, perdão.
Por que?
Que flores não te dei?
Que mal eu não te fiz?

ADEUS, UM BEIJO PRA VOCÊ.
A GENTE SE VÊ, SE DER.

QUEIROGA, Lula. Duvidez.


Sobre tentativas


E ninguém poderá dizer que eu não tentei. Talvez eu não tenha tentado o bastante. Talvez eu tenha tentado demais. Fato é que não deu. É, não deu. Acabou. Tudo acaba e se inicia. É a vida. Vida que não pára. Amanhã minhas provas, domingo no parque eu vou, segunda analista (quiçá um videokê) e terça adeus. Vou-me embora pra onde sou amigo do rei. O que importa é que eu tentei. E tentei de novo. Mas o que já andava ausente no presente não poderia mesmo ter futuro. É duro de aceitar, mas não tenho nem lágrimas pra chorar. Vou caminhar, seguir, viver. Até mais ver.

Um sonho bom.

Sabe amor, não dá mais pra arriscar.
Seria pior.
Já machuquei você demais com meus sonhos de amor.
Não venha me fazer querer o seu coração.
Não faça com que eu me perca nessa ilusão.
É, meu bem, foi tão bom amar você!
Mas não deu.
O mundo é tão cruel pra quem quer o bem.
Sei lá, pode ser que sim.
Vai ver que é pra ser assim.
O amor reservou pra nós UM SONHO BOM.
Não quero pensar que foi tudo em vão.
Apesar de tudo quero ver o seu sorriso por aí.

Sabe - Clap!

Feche os olhos e veja tudo!


Então fechei os olhos e pude ver tudo. Não há futuro nem presente naquilo que se faz ausente. Tentei gravar nas pontas dos dedos cada cantinho, ouvindo atenta cada ruído e chorei, suave. Suave e demoradamente o sono me venceu e, quando amanheceu, havia desaparecido. Sempre assim, do sono ao despertar, nada há para se achar. Estou vivendo algo parecido. Sonho, talvez, e quero acordar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pro poeta preto ♥

Toda canção e toda menção andam me matando. Não tô podendo ouvir esse nêgo cantando, nem falando, nem rimando com meu nome. Tá acabando nosso mês, ano que vem tem outra vez. Que até lá percamos toda timidez que possa nos impedir de seguir. Que sigamos, que não sejamos acomodados. Que possamos sonhar acordados. Que deixemos sempre algum recado ou a luz acesa pra saber da volta e saibamos lidar com a falta e com a derrota. Percalços são parte dos prazeres. Que tenhamos muitos deles!

P.S. (que pode até significar Paulo Silva): O título foi quase um trava-línguas =)

Pode vir quente que eu estou fervendo!

Gostei. Tinha aquele cheiro que eu gosto. Cheiro da exposição do Gringo no Palácio das Artes, cheiro daquela sala, a 205, onde trabalhei na Teciteca. Cheiro bom que me faz feliz. Só por isso já vale a pena. Poder sentir esse cheiro uma vez por semana já me põe um sorriso na cara. Mas tem mais. Falar é muito bom. Todo mundo sabe como eu gosto de falar. Mas melhor ainda que falar é falar com alguém que te entende e vê onde estão seus problemas. Trabalhar nisso, poder ser cada dia melhor. Saí de lá livre, de alma lavada, leve e tranquila. Principalmente por poder voltar passeando na Savassi e no Centro, deixando o vento dançar com minha saia, cantando e sorrindo pras árvores e postes, bem do jeito que eu gosto de fazer quando ando BH afora. Na volta, fui ver Cristina. Como eu adoro aquele lugar e aquelas pessoas simples! Ri, brindei, dancei e cantei. Discuti futebol. Fiz amigos, revi amigos. Fiz meu show, com minha cara de mau. Pode vir quente! Eu? Ah! Eu estou fervendo! Fervendo suave, a noite me trouxe outro sonho bom (aquele que vai embora pela manhã), e algumas lágrimas mas muitos sorrisos. É complicado pra mim, mas farei o possível. Espero não ser a única a fazer alguma coisa. Ficaria para sempre ouvindo rádio na madrugada assim, daqui, mesmo sem saber se pode dar certo ou se estou apenas repetindo um daqueles erros que eu já vi as pessoas cometerem e não quero fazer igual. Mas sigamos em frente, porque (como diz a música que eu mais repito na vida) todo dia é dia de viver!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Do (meu) amor ♥

Eu disse pra você: Paciência!
A ciência ainda não tinha inventado nada parecido com isso.
Selamos um compromisso novo aqui.
Sem que seja reveillon, sem nenhum ano bom.

Eu tenho medo que esse tanto amor seja tragado pela boca leviana da cidade,
Esse amontoado de avenidas e destinos
Que se cruzam como o cão e a cachorra no capim.
Acende pra mim!

Eu disse pra você que esse fogo já subiu pela escada, incendiou o edifício
E se espalhou pelas ruas entupidas
De pessoas inflamáveis e desejos suicidas.
Eu tenho medo que um amor assim seja traído pela própria grandeza
E fique cego de ciúmes.
A chama se consome na velocidade,
Como uma ponta de cigarro no capim.

Acende pra mim esse sorriso.
Não pode tristeza voltar.
Candeia na areia do mar.
Acende pra mim!

QUEIROGA, Lula. Acende pra mim.


Pra todas as sereias


Pelo dia do músico, pra todos os meus amigos que fazem música ♥

A vida não seria suportável sem música. Não dá pra imaginar como me consolar nas tristezas do dia a dia sem que as vozes das sereias que me en-cantam se materializem em abraços carinhosos. Não dá pra comemorar todas as alegrias diárias sem que essas mesmas sereias se materializem dançantes do meu lado. Não dá pra pensar o caminho sem canção. Obrigada, sereias. Pelo canto que me nina, embala, balança, emociona. Pela presença, ainda que distante. Pelo testemunho de meus melhores momentos, pela segurança nos dias difíceis, pelo encanto, pelo canto, pelo "veículo da embriaguez e do sonho, da energia, assim como da renúncia", que é a música.

Forte sou quando estou fraco


Minha mãe tá me achando frágil. Longe de mim ser frágil assim. Vou cuidar mais de mim.

domingo, 20 de novembro de 2011

Daqui

daqui
tudo é tão bonito
cílios, cabelos, pele, pêlos
pelos deuses!
quero você mais vezes
às vezes
é pouco
muito pouco
quero pouco a pouco
ir crescendo em ti
aqui
daqui

sábado, 19 de novembro de 2011

O que eu não sei falar

Eu não sei explicar nem entender. Tenho estado só sorrisos - os vejo em todo lugar - e não consigo parar de cantar pequenas canções bobas de amor. E é tudo tão diferente e eu tenho tanta coisa pra anotar que me perco. Não sei por onde começar, como falar, até onde ir. Não acho as palavras. Nem sei se preciso delas. Sei que prefiro você a ficar em paz e não me acostumo à sua beleza sempre nova e estranha e diferente e melhor. Gosto dos seus sinais que eu nem sempre entendo e, por falar em entender, gosto até das piadas sem graça. Gosto dos beijos e sorrisos vesgos e de quando você dorme no meio da conversa. Gosto da sua testa grande escondida pelo cabelo bagunçado e do seu nariz que eu sempre acerto. Adoro quando você desenha em mim ou escreve em meus cadernos. Gosto da sua música de sílabas separadas e do jeito como você se veste. Da sua tatuagem torta e de quando você diz preu não pintar o cabelo. É a primeira vez que eu não quero mudar nada em alguém. E é bom. Estranho, mas bom. Tô boba, abestalhada. Mas leve. Vem logo me cantar suas canções!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Boba

Eu falei que só queria ficar com ele.
Eu falei.
Eu só queria ficar com ele.
E ele me trouxe em casa.
Agora eu quero a minha mãe, um colo.
E choro.

Pelo menos o Galo ganhou. ♥

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Você só pode vencer a si próprio

"Aprende a reconhecer o fato de que é a tua doença emocional que te destrói minuto a minuto, e não qualquer poder exterior. Há muito que terias suprimido os tiranos se estivesses vivo e sadio no teu íntimo."

REICH, Wilhelm.

Ficadica.


Livro, enquanto banho ou Teoria da cor ou Círculo do artista





O círculo do artista nos protegendo da água fria e doce da chuva de novembro. Doce novembro de cada ano que me adoça a boca e faz sorrir. Sorriso colorido, nas cores desse círculo meio torto que é o do artista. Me lembro que nunca fui direita. Algum anjo deve ter falado, pra mim também, quando nasci: Vai, Nina, ser gauche na vida! E eu fui.

Primeiros escritos do bloquinho novo. ♥
E só hoje eu reparei que minha sombrinha é o círculo cromático do artista. Deve ser porque eu sou uma Batista ;)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Felicidade é, sim, só questão de ser.

Sim, Jeneci tem razão na sua canção clichê felizona. Ser feliz só depende de quem você é diante de cada situação, de como você enfrenta a vida. Felicidade não é um lugar, um objeto, um alvo a ser alcançado. Felicidade é saber viver. Aproveitar o que o acaso te colocar na bandeja, da melhor forma possível, exatamente como diz a canção ("quando chover, deixar molhar, pra receber o sol quando voltar"). Pra ser feliz você precisa encarar cada pequena coisa boba do dia-a-dia como oportunidade de alegria, mesmo quando é algo desagradável. É que nada, nunca, na vida, vai ser completamente bom (o espinho e a flor - vide link). Só que até mesmo as coisas ruins podem te propiciar pequenas porções de alegria, de felicidade. Só depende das suas atitudes, de saber viver (link). Eu sou uma pessoa muito feliz, todos os dias. Isso não quer dizer que minha vida é fácil ou que eu tenho alcançado tudo o que desejei e vivido da forma que sonhei. Isso apenas quer dizer que eu aprendi a viver, a lidar com todas as situações. Claro que às vezes é difícil, mas "nessa hora, fique firme, pois tudo isso logo vai passar". Tudo passa, aproveite. E não há como fugir do que te acontece, encare de peito aberto e sorriso na cara. É "melhor viver, meu bem... chorar, sorrir também, e dançar". É simplesmente o que eu faço dos meus dias, eu vivo. Vivo o ato de despertar, quando coloco meus 3 alarmes musicais e, um deles, na rádio que só toca música brasileira. Assim, já acordo cantando, e consequentemente, sorrindo. Vivo o ato de tomar café, fazendo hora (e acordando mais cedo se for preciso pra isso), sentindo o calor da bebida, ouvindo música e vendo a rua, aqui do alto da minha janela. Quando dá, vivo a caminhada na praça, e cada senhorinha que passa por mim, cada cão, cada bebê, vivo a praça, revigorante. Vivo a ida ao mercado, e danço, além de fazer amizade na fila e deixar as pessoas passarem na minha frente. Vivo as compras de materiais em papelarias e armarinhos, firmando amizades com os vendedores a quem sou fiel, chorando descontinhos, cantando e rindo com eles. Comendo um chocolate, tomando um sorvete, comprando um pastel. Dançando e cantando na rua. Sentindo o vento e o sol, e a chuva, se chover. Vivo a noite e o luar, vivo a solidão e a companhia, vivo tudo, dia após dia. Sou feliz porque me libertei da vergonha e medo de viver que a grande massa carrega, e não me preocupo com os pensamentos alheios. Vou, e indo, descobri que o Jeneci tem razão. Felicidade só depende de quem você é, de como vive, se vive. Viva! Seja feliz.

Felicidade
(Marcelo Jeneci)

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz.
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais.

Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem.

Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.

É preciso saber viver por Leonardo Davino

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Feliz idade.


Feliz... cidade! Feliz idade. Felicidade. Muitas lembranças e carinhos no meu dia, e até antes e provavelmente depois (por causa da festa hoje). Abraços, desejos, sorrisos, amigos, lágrimas, saudade... verdade. Eu tenho amigos de verdade. Gente que lembra de mim e sente minha falta, mesmo de muito longe. Gente que sente minha falta aqui de perto. Gente que não sente minha falta porque me vê todos os dias, ou quase. Gente que muda a minha vida, diariamente, que faz tudo melhorar, que me faz suportar as crises e comemorar a calmaria. Se bem que calmaria não combina muito comigo, embora eu a busque sem parar. Sou um móbile, como os passarinhos do meu lustre, calmaria dá solidão. Mas até que eu me divirto sozinha, escrevendo, tomando meu café, vendo o belo horizonte da minha janela, ouvindo e lendo canções, sonhando acordada, vivendo. Mas companhia é bem vinda, não é todo dia que eu quero ser ilha. Portanto, muito obrigada, queridos. Por tudo! Por serem parte da minha vida, por dividirem comigo dor e alegria, pelas brigas, dramas, choros, novidades, projetos, força, bebidas, comidas, jogos, músicas, livros, tecidos, sorvetes, viagens (nem sempre físicas), lições, descobertas, redescobertas, cobertas... pela própria vida. Não seria tão bom sem vocês e, eu, a menina do musical que vive diferentemente bem, não saberia aproveitar a vida como sabe e, não seria feliz todos os dias, como de fato é. Que tudo o que me desejaram seja em dobro pra vocês todos os dias, pois todo dia é dia de viver, né? Contem comigo! Viver será uma grande aventura. Aliás, é. Já é.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

23

Foi há 23 anos. Desci no palco da Terra. Desde então foi tudo musical. Cinematográfico. Simples, mas extremamente rebuscado. Tímida, mas espalhafatosa. Torre de Gaudi, eu. De um lado boemia, cultura brega-romântica-popular, barba aparada, pele branca, unhas grandes e fortes, camisa de botão, cigarrinho e chinelos havaianas. Talvez um violão, não sei bem ao certo.Do outro, palavras sem fim, livros, revistas, retalhos, tesouras, Deus. Tios, discos, lambada, violão, pão. Doces, bicabornato pra dor de cintura, cabelo liso pra varrer o chão, narizinho empinado, lábios carnudos, batom vermelho. No meio disso tudo, eu, resultado disso tudo. Isso tudo. E, com o passar dos anos, isso tudo e muito mais. Hoje sei que tudo o que passei, todas as dificuldades, todas as loucuras (minhas e da minha mãe também), tristezas, alegrias, superações, vitórias, conquistas, beijos e abraços e carinhos, e brigas também, foram o caminho. O que me trouxe até aqui e o que me faz ser a Camila que vocês conhecem hoje. Todo mundo, ainda que de passagem breve, faz agora parte de mim e eu sou grata. Mesmo quando foi ruim, me foi útil. Viver é assim mesmo, às vezes bom, às vezes ruim. Mas tudo serve. Aprendi e venho crescendo com todas coisas complicadas, que me obrigam a sair da zona de conforto e lutar pra seguir em frente. Fiquei forte. Aproveitei e ri, cantei, chorei, brinquei, amei, nos momentos bons. Fiquei frágil. Sou forte e frágil, isso mesmo. Sou toda emoções. Sou toda sensibilidade. Sou Batista, antes de tudo. Vivo do que me move, em geral a arte. Vivo bem, livre e leve. Feliz nas coisas simples. Tentando ser melhor e aprender todo dia. Errando e acertando também. Hoje, desejo a mim tudo o que desejo aos meus amigos amados. Que eu seja feliz diariamente, nas coisas simples, como de fato já sou. Que eu saiba aproveitar o sol, a chuva, e as nuvens. Que eu envergue mas não quebre. Que eu leve a vida tranquila, mas não sem sonhar. Que eu faça as coisas acontecerem e não fique apenas esperando aviões. Que minha vida seja sempre uma surpresa, porque é preciso aprender a lidar com o imprevisto e o improvável também. Que eu aprenda, todos os dias, com os meus erros e os dos outros. Que eu não precise perder pra amar. Que eu não tenha medo de declarar meus sentimentos aos quatro ventos. Que eu saiba enfrentar o medo do novo, e siga em frente, corajosa. Que as portas se abram, e que eu saiba fechar as que se fizerem necessárias. Que minha janela sempre tenha vento, café, sol e sonhos. Que o horizonte seja sempre belo, é o que espero. Que meus cadernos não se percam, e que eu não os destrua num momento de ira breve. Que eu controle minha cólera e deixe o sangue falar mais alto. Que o escorpiano aprenda piano. Que meu violão seja tocado constantemente pelos que amo. Que minha toalha de piquenique experimente a grama dos parques e praças. Que eu me dê pequenos prazeres, de segunda a segunda, sem culpa. Que eu cante e dance, sem vergonha, e chore também. Que meu sorriso provoque outros. Que meu bom dia seja bom pra todos que cruzarem meu caminho. Que a dancinha na rua, mercado, praça, seja acompanhada por todo aquele que quiser ser feliz. Que sejamos todos felizes, sabendo que felicidade é só questão de ser e, só depende de você. Que saibamos lidar com as perdas e com os obstáculos, com maturidade e serenidade. Que a beleza exterior permaneça, mas não supere a interior. Que novembro sempre venha com bons ventos e coisas novas. Que as mudanças sejam constantes e não me irritem pela obrigação de mudar os planos. Que eu ria, apenas, disso tudo, sem desespero. Que eu esteja sempre rodeada de quem é importante pra mim e que, nem a distância, nem o tempo, nem os caminhos da vida, me separem de quem eu amo. Que as viagens não necessitem de um meio de transporte e possam acontecer em qualquer lugar. Que nenhum carro passe por cima de mim quando eu tiver me divertindo sozinha pela rua, distraída. Que eu não pegue o caminho mais curto, mas o mais interessante. Que eu ande a pé, que eu coma bem, que eu ame e seja amada também. Que eu domine meu gênio difícil e machuque menos as pessoas. Mas que eu não deixe nunca de falar a verdade, claramente, e de ser espontânea. Que eu escreva mais e mais, mas que passe a mostrar isso pro mundo, dividir com quem quiser. Que eu estude, todo dia, pra sempre. Que eu trabalhe muito, naquilo que eu gosto e que, pra mim nem parece trabalho, mas diversão. Que eu não espere feriados e fins de semana, mas viva a segunda, a terça, a quarta, a quinta...todos os dias, como se fossem os últimos. Que seja tudo muito colorido, todo o tempo. Que eu viva, apenas. E espalhe vida por aí.

sábado, 12 de novembro de 2011

Eu não me acostumo

Não. Eu não poupo a vida. Eu não me acostumo. Não acordo sobressaltada, vou de levinho ouvindo música. Eu não tomo café correndo, nem leio jornal no ônibus. Aliás, eu ando a pé, interagindo com a paisagem, ainda que ela seja de concreto. E meu café, é demorado, da minha janela de cortinas bem abertas onde o sol racha e eu vejo as notícias em tempo real. Às vezes, me esqueço mesmo de olhar para fora de mim, tamanha minha solidão bem resolvida (ou egoísmo mesmo). E o sanduíche no almoço passa mais perto da preguiça de fazer almoço só pra mim que da falta de tempo. Eu não saio do trabalho, ele vai comigo onde eu for, e nunca acaba, e eu gosto. Se pego o ônibus, num raro momento, gosto de ver a cidade e as pessoas lá fora, enquanto assobio uma canção; nada de cochilar. Não gosto de ir dormir sem ter vivido o dia, embora isso aconteça, raramente. Meus sorrisos quase sempre são retribuídos, embora nem sempre eu ouça de volta o mesmo bom dia e tenha que lidar com grosserias. Também sei lidar com grosserias, apesar de preferir as gentilezas. Por saber que você não vem, raramente questiono. No fundo, ainda espero. Sei me fazer notar, fica difícil me ignorar, mas não vou insistir eternamente. Não me acostumo a pagar por tudo, boa parte faço eu mesma. Não, eu não me acostumo à poeira cinza da poluição que encarde minhas cortinas e, muito menos, ao ar condicionado com cheiro de cigarro que - acreditem - me traz boas lembranças. Prefiro sofrer a me acostumar. Não afasto minhas dores, deixo sangrar e estou, quase sempre, prestes a me rebelar. Me rebelo, me revolto, luto, brigo. Se eu chegar até a areia, não vou molhar somente os pés, vou mergulhar, apesar do sal e do medo do mar. Se o cinema estiver cheio, eu chego mais cedo ou volto depois; gosto de me sentar no meio da sala e de ser pontual. Fins de semana não me consolam. Para mim, todo dia é dia de viver, de trabalhar, de dormir e de farrear. Não poupo minha vida. Já disse, EU NÃO ME ACOSTUMO! Eu vivo, apenas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O circo Batista - Contos de fada reais.

Eu sou muito romântica e sonhadora e sei que isso não se deve apenas ao fato de eu achar que minha vida é um musical (ou mesmo um videoclipe, como diria o tremendão), mas também ao fato de eu ser uma Batista legítima (mesmo sem assinar o sobrenome).

Cresci ouvindo histórias reais que mais pareciam contos de fada, onde os mocinhos (meus Batistas, claro) sooooofrem, sofrem e sofrem, mas no final, é tudo lindo: encontram um grande amor e vivem do seu talento.

Acho que é o que eu quero pra mim. Ser igual aos meus, realizar meus sonhos, viver um conto de fadas moderno.

Acredito que é possível, e vivo.

Quando a coleção do Circo Batista ainda estava em fase de pesquisa, escrevi uns versos, que agora divido com vocês:

O circo onde sou palhaço é feito faz de conta, conto de fadas bem real. Lá o mal acontece, mas o bem sempre vence no final. Histórias de reinos distantes, de casa grande e quintal. A princesa de olhos verdes escreve poemas e fica com o príncipe padeiro, no final. Toda tristeza é esquecida, o amor cura o coração. Uma família é construída e a história vira coleção. Com tanto exemplo de sonhos alcançados por perto, alcanço, um dia, os meus, decerto. Corre sangue Batista em mim, não tem por onde eu não ser assim.

Na foto duas palhaças do Circo Batista: eu e a tia Raquel.

Press kit


Outro dia, conversando com o Julio (que foi jurado no concurso) descobri que nem todo mundo recebeu o press kit. Um absurdo! Fiquei bastante chateada. Felizmente meus familiares receberam das minhas próprias mãos. Da próxima vez também entregarei em mãos para o júri. Mas tá aí, pra quem não ganhou poder ver como ficou bonitinho.