sábado, 19 de novembro de 2011

O que eu não sei falar

Eu não sei explicar nem entender. Tenho estado só sorrisos - os vejo em todo lugar - e não consigo parar de cantar pequenas canções bobas de amor. E é tudo tão diferente e eu tenho tanta coisa pra anotar que me perco. Não sei por onde começar, como falar, até onde ir. Não acho as palavras. Nem sei se preciso delas. Sei que prefiro você a ficar em paz e não me acostumo à sua beleza sempre nova e estranha e diferente e melhor. Gosto dos seus sinais que eu nem sempre entendo e, por falar em entender, gosto até das piadas sem graça. Gosto dos beijos e sorrisos vesgos e de quando você dorme no meio da conversa. Gosto da sua testa grande escondida pelo cabelo bagunçado e do seu nariz que eu sempre acerto. Adoro quando você desenha em mim ou escreve em meus cadernos. Gosto da sua música de sílabas separadas e do jeito como você se veste. Da sua tatuagem torta e de quando você diz preu não pintar o cabelo. É a primeira vez que eu não quero mudar nada em alguém. E é bom. Estranho, mas bom. Tô boba, abestalhada. Mas leve. Vem logo me cantar suas canções!


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