domingo, 3 de dezembro de 2017

deus sempre morre aos 33 pra ressuscitar quando o carnaval chegar

eu já vi esse filme antes.
sem spoiler, o fim é trágico.
vai voltar pra me assombrar.
se lembra que você me contou?
eu acho que você já se esqueceu do horror, e que eu chorei porque lembrava a gente.

vou encher os livros de poesia de palavras sujas sobre mim pra você ler.
depois, não diga que não te avisei.
(eu te avisei!)

mais-uma-vez.
tudo que eu fiz, o que eu não quis, o amor...
eu me sinto um monstro, pela segunda vez, e renuncio ao meu reinado.
pre-mi-a-do.

mais uma vez não me sinto no direito de alugar esse espaço ocupado.
a culpa é minha, eu sou culpado.
a resposta certa pra questão errada.
e nunca soube lidar com a desaprovação.
por querer sem dar um passo, por dar um passo sem querer.

me observo repetir os mesmos erros, rebobinando rolos de filmes que eu nunca vi.
a história se repete, a força a deixa bem mais mal cantada e eu já perdi as contas de em qual formação estamos.

perdi o prazo.
passei por cima de todos os cacos.
perdi o norte.
tão cansada de tantas chegadas e partidas - tenho sorte!
agora eu corro por mim, na praça.
tomo uma cerveja no bar.
puxo uma cadeira pra vida, deixo tudo pra lá que vem vindo o carnaval, essa fase ruim vai passar e alguma hora eu sei que eu vou chegar.

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