domingo, 3 de dezembro de 2017

paz imensa

nos meus sonhos, pontes feitas de perdão e a sensação de que sou um monstro, pela... qual vez mesmo?

eu não ligo.
eu só piso em toda poça, toda pessoa.

eu não quero ser salvo.
e tudo te destrói.

eu sempre deixei as pessoas irem embora, apesar da invencibilidade da memória.

meu orgulho é deixar todo mundo saber quem eu sou.
eu não quero provar nada.

existe uma particularidade...
eu tenho vergonha do que sonho com você.

eu só quero férias, na praia.
uma casinha lá na marambaia.
o violão e um moreno bem disposto.
minha gal de cuca legal.
sal nas feridas, até o pescoço.

sonhei tudo em detalhes, num gif.
nas minhas mãos, e nas paredes, esmalte fosco.

num flash, o céu da nossa casa.
no chão, o pôr do sol.
e na varanda, o ar, ligeirinho, pá-pum.

discos de domingo, a fala do gato, seu pé no meu sapato.
você me diz que eu poderia conseguir qualquer um...

eu só quero  férias.
e a tua paz, imensa.

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