terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobre a angústia de esperar

E então ela foi dormir, triste. E sonhou coisas nas quais agora insiste. E suou, sentiu frio, saudades e se lembrou de quando não dormia sozinha. Sua cama vazia do sonho a despertou e ela levantou. Dia cinza lá fora, pouca coisa nova para se ver, alguns textos de uma amiga para ler, músicas para ouvir, muita coisa para dizer. Mas pra quem? Ela estava só e não parecia temer o pior. Lavou o rosto, sacudiu os cabelos, pintou as unhas de vermelho. Seu olhar, no espelho, indiferente. É, ela acordou diferente. E novamente o procurou. Tentou juntar o que restou. E o dia inteiro esperou. Um sinal, uma mensagem, uma ligação. Inquieto seu coração. Apesar de tudo, resignação. E ação. Tirou tudo do lugar e recolocou. Limpou, jogou fora. E o sol surgiu, lá fora. Será um sinal? Bom ou ruim? Foi costurar e escrever, enfim. Não quer acreditar que ele quer mesmo ir embora. Triste e estranha ficou. Embora quisesse, dessa vez, não ligou. Mas tá do lado do telefone, esperando pra dizer alou.

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